“O Exorcismo” é o novo filme de terror estrelado por Russell Crowe, que também atuou no filme “O Exorcista do Papa” lançado em 2023. A produção chega para enriquecer o gênero, tentando fugir do padrão dos filmes de exorcismo, uma vez que é uma produção onde a ambientação é nos bastidores de uma gravação de um filme de terror, que tem como principal produção o filme O Exorcista (1973).
A produção se chamava inicialmente “The Georgetown Project”, A direção do filme é de Joshua John Miller (Quando Chega a Escuridão). No elenco ainda temos Ryan Simpkins, Sam Worthington, Chloe Bailey, Adam Goldberg e David Hyde Pierce.
O interessante da produção, é que eles estão gravando um filme baseado na produção O Exorcista (1973). E a escolha da temática do filme teve influência nas histórias que o pai do diretor Joshua John Miller contava sobre um cenário mal-assombrado. O diretor é filho do ator Jason Miller, que interpretou o padre Karras no filme de 1973.
A produção sofreu com diversas questões relacionadas a patrocinadores além de ter refilmagens suspensas pela COVID. De acordo com o diretor, o filme é praticamente amaldiçoado, tendo quase não sido concluído.
A história de “O Exorcismo”
A produção acompanha a gravação de um remake de filme de terror. No início, o ator que faz o papel de padre está ensaiando para a gravação de uma cena e morre de forma misteriosa.
A partir daí, temos a entrada de Anthony Miller (Russell Crowe), que é um ator com diversos problemas em sua vida, incluindo o alcoolismo e consequentemente destruindo sua carreira. Ele é convidado para fazer o papel desse padre. Entretanto, ele acaba enfrentando problemas com sua atuação. Além disso, ele tem que enfrentar acontecimentos estranhos enquanto interpreta o padre neste filme de terror.
Enquanto isso, sua filha, Lee (Ryan Simpkins), começa a trabalhar no set de filmagem com ele, e se pergunta se ele está voltando aos vícios do passado ou se há algo mais medonho acontecendo.
Premissa boa com péssima execução
Existem diversas histórias de gravações de filmes de terror com experiências sobrenaturais. “O Exorcismo” tenta inovar utilizando uma metalinguagem, ao contar uma história de uma gravação de um filme de terror. De cara, ao ver isso, parece bem interessante e traz uma experiência interessante no início do filme. Entretanto, tal experiência é se mistura com um roteiro confuso, mal elaborado e uma montagem que deixa a desejar.
Mas nem tudo é descartável no filme. Anthony (Russell Crowe) possui um trauma sombrio que vem à tona ao interpretar um personagem que é um homem de Deus. Dessa forma, ele é forçado a lidar com seu passado, onde cresceu como um garoto que era próximo de um padre, sendo abusado por ele. Assim, com o desembolar do filme, sua mente é assombrada por abuso, vícios e algo mais sombrio.
Atuação e montagem do filme
Infelizmente, toda essa premissa se perde em um filme com uma montagem ruim, sem muitas explicações e que acaba chamando o espectador de burro. Acontecem cenas de possessão onde simplesmente os envolvidos no set de gravação tratam com tranquilidade, ou apenas se espantam. O possuído praticamente se retorce todo, apaga luzes e praticamente levita e o que parece é que a equipe acha que é só um surto do ator. Não há desespero ou sustos, apenas a desconfiança de um ator em decadência.
As coisas acontecem de forma rápida, sem importância e sem sentido na maioria das vezes. Não existe polícia, investigação, ou até mesmo algum certo tipo de punição para as coisas que acontecem.
Em relação ao elenco, o sentimento é que Russell Crowe está aceitando fazer qualquer filme, o que é triste considerando sua trajetória. De toda forma, Crowe entrega o melhor que pode dar, o que salva um pouco o filme.
Tirando a atuação de Crowe, todos os outros atores entregam atuações medianas. Ryan Simpkins que interpreta a filha de Anthony, é sem sal e pouco significante para o filme.
Vale a pena assistir “O Exorcismo”
“O Exorcismo” de fato é um filme amaldiçoado. O Sentimento é que depois de todos os problemas que tiveram, a equipe lutou e muito para finalizar a produção com o que possuía. E certamente sofreu bastante para entregar o produto final.
Repleto de cenas sem sentido, o filme acaba não trazendo nenhum sentimento de medo, suspense ou horror. As poucas cenas que deveriam assustar, acontecem tão rapidamente e em momentos tão previsíveis e sem sentido que chegam a dar sono.
O que era para abordar assuntos importantes como o vício do alcoolismo e o abuso sexual dentro da igreja, acaba virando um bolo de cenas conectadas, dentro do que poderia ter sido um ótimo filme. A produção foi feita para ser passada nos cinemas, mas sofreu fortemente com um roteiro fraco, tornando-se um filme que será lembrado somente como amaldiçoado.
Por fim, “O Exorcismo” estreia dia 1º de agosto nos cinemas nacionais.
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