Nem sempre um filme precisa ser extraordinariamente inteligente para no resultado final ser até bom, esse por exemplo poderia ser o caso do filme o urso do pó branco da universal Pictures, mas não é.
Isso porque o filme consegue extrair boas risadas em um roteiro desastroso, fotografia muito mal feita, uma história bizarra, mas que surpreendentemente você sai do cinema com uma sensação de que se divertiu.
O longa de Elizabeth Banks mistura terror e comédia, elementos, que na visão dela são lados da mesma moeda. Nesse caso aqui, inclusive, funciona exatamente assim. É um filme que mistura muito o lado da comédia com terror bem Trash, bem exibicionista.
Não dá pra dizer que o roteiro não é original, isso é o que ele mais é
Com roteiro de Jimmy warden, o filme conta a história real (ou quase) de um narcotraficante que dispensou de um avião uma quantidade significativa de cocaína e acabou caindo dentro de um parque, uma reserva natural onde um urso preto consumiu mais de 220 kg dessa cocaína. A partir desse consumo, o urso entrou em uma crise de fúria movida talvez pelo vício repentino na substância, e passou a buscar mais cocaína, o que desencadeou uma série de assassinatos dentro do parque.
Olha, preciso ser bem claro para vocês, a história original não tem nada a ver com isso, porque na história real, o urso de fato construiu toda essa cocaína mas ele morreu logo em seguida não teve essa questão dos ataques.
Porém considerando que é um filme de ficção baseado em eventos reais, a história é no mínimo original. Vamos lá, nos tempos atuais temos clamado tanto por histórias mais originais que não tem como dizer que essa por exemplo não seja extremamente original. Claro, não é um filme para todos os gostos, isso porque como eu já disse o roteiro é uma bagunça, a fotografia e o CGI são horríveis, a execução de algumas cenas parece coisa de amadores, mais consegue trazer boas doses de comédia, que acabam funcionando (não sei como).
O filme tem bastante cenas gore, com muito sangue e desmembramentos explícitos. Além de muita, mas muita violência, inclusive, envolvendo crianças e animais de estimação. Abusam dos closes violentos, ou seja, quando algo será arrancado, a câmera está lá, quase que entrando na ferida.
Botem na conta do elenco qualquer elogio que esse filme obtiver
Um outro ponto muito importante é o elenco eu me surpreendi bastante quando eu vi Keri Russel e Margo Martindale no elenco final além óbvio de Ray Liotta, e Alden Ehrenreich. Em questão de atuação não tenho nada a reclamar, o elenco fez o que podia com o que tinha, e acredito que eu só consiga dizer que o filme tem qualidades por conta do elenco. A produção desse filme tem que colocar na conta do elenco qualquer crítica positiva ou sucesso que eventualmente possa ter.
A diretora Elizabeth Banks, que já foi responsável por filmes como “As Panteras” e “A escolha perfeita”, também tem bons méritos na elaboração desse longa considerando todos os defeitos já citados. Isso porque, a ideia do filme é tão bizarra, por falta de outra palavra, que não tem como não se surpreender por chegar no final e encontrar argumentos positivos sobre ele.
Esse é mais um daqueles casos em que você entende porque o cinema é tão surpreendente, já que conseguem fazer um filme sobre um urso viciado em cocaína que mata todo mundo, e consegue rir de toda a situação.