Você se lembra qual o primeiro livro que leu? O universo literário, quando te fisga na infância, dificilmente não fará de você um verdadeiro amante dos livros. Quando o primeiro livro te conquista, marca um aprendizado e pode definir nosso gosto literário. 

Hoje é Dia das Crianças e vamos falar sobre além dos brinquedos. Vamos falar sobre a imaginação e a possibilidade de desfrutar do mundo dos livros nos primeiros anos de leitura e como isso é capaz de transformar a nossa criatividade, tanto para a criação de histórias e brincadeiras, quanto para aprendizados diários. 

E para falar melhor sobre o assunto, trouxemos um livro super conhecido, que até mesmo quem ainda não leu, já ouviu falar sobre.

Foto: Reprodução do livro “O Pequeno Príncipe”.

O livro “O Pequeno Príncipe”, escrito por Antoine de Saint-Exupéry, conta uma história escrita e lançada há mais de 70 anos, e é uma das obras mais lidas do mundo. A narrativa fala sobre um piloto perdido no deserto que encontra um pequeno príncipe, que conta histórias sobre os planetas que visitou, a rosa que ele mantém no próprio planeta e a amiga raposa. Apesar de parecer uma ideia superficial, todos esses detalhes são carregados de uma metáfora grandiosa sobre os valores de pequenos detalhes da vida.

Mas por que um sucesso tão grande por uma obra literária tão antiga?

O livro trata de trazer uma lição de valor e responsabilidade emocional de uma forma leve e sensível, que faz as crianças acharem uma história fácil e bonitinha de se ler, e para os adultos traz uma ideia de entendimento mais profundo e emocional sobre pessoas que vêm e vão das nossas vidas, e que podemos aprender com elas.

A frase “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, que é das passagens do livro, se tornou um marco dessa reflexão das gerações que vão crescendo e gerando diversas discussões atuais, especialmente nos meios virtuais sobre o que é ou não responsabilidade emocional.

Mas esse é um assunto para outro dia. Hoje vamos falar sobre o significado que o livro tem na vida das pessoas.

Foto: Ilustração de “O Pequeno Príncipe”

Fizemos uma pesquisa super rápida para entender um pouco sobre quem mergulhou nas 111 páginas do livro (fáceis de se devorar em uma tarde chuvosa).

As respostas foram um verdadeiro presente para o dia de hoje. Vale para quem é criança de corpo e para quem ainda tem sensibilidades dos anos passados. “A cada vez que li, em idades diferentes tive uma percepção, logo este livro te saciará em várias fases da vida dependendo da bagagem e referências que você carrega.”, compartilhou Jacqueline Medore de 37 anos.

Um ponto muito destacado dentro da obra é a sensibilidade que o autor tem de retratar de uma forma tão singela, assuntos tão profundos. Como destacou Luana Dorigon “(Chamou a atenção) A poética e riqueza de detalhes da narrativa. Me sentia o próprio narrador em contato com o pequeno príncipe”. Patrícia Guerra também complementa: “Ele apresenta as variadas possibilidades de ser e estar onde for e com quem for, deixando sua marca nas vidas em que entra em contato e levando as marcas dessas pessoas consigo. Não é possível viver sem ser modificado.”

E com certeza a leitura vai além da idade. Os elementos apresentados na narrativa nos levam para uma ideia de conexão com as pessoas que aparecem em nosso caminho, e a amizade entre quem sempre ficará marcado em nossas vidas, mesmo que essas pessoas não fiquem para sempre. A diferença está na idade que terá uma interpretação diferente, um entendimento diferente. Fica perceptível especialmente se lemos em mais de uma fase de nossas vidas.

“Acredito que O Pequeno Príncipe, apesar de ser em primeiro plano destinado ao público infanto-juvenil, é o tipo de história que ao ser revisitada ou mesmo conhecida na idade adulta, pode nos revelar muitas coisas que abdicamos quando deixamos de “ser criança”, completou Elves Ferreira, 30 anos, sobre a questão da conexão da história com as idades que ela é capaz de alcançar.

Foto: Ilustração do livro “O Pequeno Príncipe”

Para finalizar, pedimos para que as pessoas deixassem um recado, como forma de presente para o dia de hoje. Aqui estão alguns desses presentes de leitura para o Dia das Crianças: 

“A leitura pode treinar a sua criatividade e imaginação, assim você consegue criar brincadeiras cada vez mais divertidas. “, Camila Santana, 21 anos.

“Leiam. Vocês não sabem o poder de cura e realização que a leitura tem. Além de nos ajudar na escrita e interpretação, você descobre vários universos novos e vive várias vidas diferentes. Leia nem que seja um gibi ou uma biografia de seu cantor preferido, a leitura tem poderes mágicos que só seus admiradores conseguem captar.” Anne Caroline, 20 anos.

“Ler é viajar sem sair do lugar, conhecer lugares onde nossa imaginação faz morada. Nos livros encontramos coisas incríveis e aprendemos coisas incríveis. Ler é permanecer livre para sonhar, o livro será sempre o companheiro de qualquer pessoa, basta ler…” Maria de Fátima, 58 anos.

“Para incentivar sempre digo que quando uma criança lê a imaginação dela vai além, ela pode imaginar e aprender com as obras que ela escolher ler. “ Hanna Vitória, 21 anos.

“Leiam, pois cada livro é um universo diferente, e talvez uma chance de entender melhor a realidade. “, Grazielia Pereira, 29 anos.

Leia para uma criança e relembre a que você já foi. Feliz Dia das Crianças!