Hoje celebramos o Dia Nacional do Quadrinho. A data foi escolhida para homenagear a primeira história em quadrinhos brasileira: “As Aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte“, criada por Angelo Agostini em 1869.
Segundo José Alberto Lovetro, presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil e um dos idealizadores da data, a criação do Dia do Quadrinho Brasileiro ocorreu então durante a Campanha Diretas Já, após o sucesso do personagem Teotônio Vilela. O impacto de Teotônio fez com que a mídia passasse a enxergar os quadrinhos como uma forma relevante de expressão. Como consequência, a Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas de São Paulo teve voz para lutar pela proteção do quadrinho nacional.
José Lovetro também destaca que “Angelo Agostini já publicava histórias quadrinizadas em São Paulo no jornal ‘O Cabrião‘, mas foi na ‘Revista Fluminense‘, em 30 de janeiro de 1869, que ele publicou o primeiro capítulo de ‘As Aventuras de Nhô-Quim‘. Vale lembrar que, antes disso, em 1837, o autor suíço Rodolphe Töpffer já havia publicado quadrinhos na Suíça, com seu personagem ‘Os Amores do Sr. Vieux Bois’. Foi essa referência internacional que inspirou a criação do Dia do Quadrinho Brasileiro.”
O quadrinho no Brasil
A criação dessa data foi fundamental, especialmente considerando o impacto que os anos 1980 tiveram nos quadrinhos brasileiros. Nessa década, surgiram revistas importantes e novas obras, que então conquistaram o público jovem, indo além dos tradicionais nomes como Mauricio de Sousa e Ziraldo.
Nos últimos anos, os quadrinhos brasileiros têm ganhado cada vez mais reconhecimento no cenário nacional e internacional. Para José, sempre haverá espaço para novos profissionais, desde que estejam abertos ao mundo e entendam as necessidades dos seus leitores.
Os quadrinhos no Brasil têm um papel fundamental na alfabetização e cultura do país. Muitos de nós fomos alfabetizados com a ajuda da Turma da Mônica e carregaremos essa memória ao longo da vida. O quadrinho é uma arte que inclui, que aponta injustiças sociais e se faz presente em diversas etapas das nossas vidas. Esse gênero literário toca o emocional do brasileiro e merece esse reconhecimento todos os dias, não apenas hoje.
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