A entrevista com o desenvolvedor e CEO do Pulsatrix Studios ocorreu no 1º dia da gamescom latam 2025

Durante o primeiro dia de gamescom latam 2025, nós do portal conversamos com Thiago Matheus, o CEO do Pulsatrix Studios e desenvolvedor do jogo A.I.L.A. No qual ele contou um pouco sobre o desenvolvimento do jogo e sobre os planos do estúdio para o projeto. Confira abaixo a nossa entrevista.

O jogo A.I.L.A começou primeiro com o nome Project: A.I.D.A., contando com um financiamento coletivo pelo Catarse. Porque, essa ideia do financiamento coletivo através da plataforma?

“O financiamento coletivo apoia não só desenvolvedores menores, mas também apoia empresas menores a tentar startar um produto do zero. Como A.I.L.A. era uma IP nova que a gente queria startar, então fazer uma campanha de financiamento coletivo, para a gente, foi uma ótima opção porque a gente consegue um nível de marketing bem interessante com o público e já apresenta algum conteúdo, alguma coisa para essas pessoas entenderem e ver valor naquele projeto.”

O jogo é sobre um beta tester de jogos de terror/horror que testa jogos criados por uma IA. Da onde surgiu essa ideia de um jogo de terror psicológico criado por uma IA?

“Olha, é difícil a gente dar só uma referência, né? Na verdade, a gente tem referências a todo momento, de todos os lugares. Mas a principal referência para nós, que desenvolvemos o A.I.L.A., foi uma série chamada Black Mirror, que todo mundo conhece. Então foi uma das maiores referências para a gente. E nós estávamos num momento, na verdade, no momento que começou o boom das IAs, começou a se falar bastante sobre isso. Então quando tivemos a ideia, foi até um pouquinho antes desse boom, do projeto do A.I.L.A.. Mas foi uma coisa, que acho que casou a ideia com o momento. Sim, tá na hora da gente contar essa história, contar sobre esse beta tester. Então é o momento ideal para avançarmos com esse projeto.”

Entrevista com Thiago Matheus, o desenvolvedor do jogo A.I.L.A.
Imagem: Pulsatrix Studios

A parceria com o youtuber MaxMRM, desde sempre vocês tinham essa ideia de colocar alguém que é influencer ou um nome de jogos de terror para ajudar vocês? Ou surgiu quando o projeto já tava andando?

“Não, na verdade, o Max ele apoiou a gente, muito indiretamente, no Fobia. Então ele testava algumas builds, ele dava algumas dicas, a gente mandava algumas builds para ele. Ele já meio que ajudava a gente indiretamente no projeto. Quando a gente começou o projeto A.I.L.A., uma das primeiras coisas que a gente fez foi falar com o Max, a gente tem essa ideia aqui, vamos desenvolvê-la, junto com você, se você quiser. E aí ele apoiou, gostou da ideia e acabou entrando.”

O jogo tem uma variedade de cenários baseados em medos e terrores de algumas pessoas. Vocês tinham em mente que seriam aqueles ou foi uma pesquisa que vocês fizeram, onde isso assusta mais as pessoas, isso assusta menos? Como foi feito?

“Na história, isso é baseado na experiência do beta tester, que é no caso do Samuel. Então os medos apresentados vão ser medos apresentados para esse personagem específico. O que o personagem mesmo sente, o que ele tem medo, o que vai ser representado nessas experiências. É que algumas pessoas devem ter medo daquilo que ele também tem. A gente pegou um pouquinho, quis diversificar um pouco a questão dos cenários, fazer coisas diferentes. Por exemplo, já foi apresentado que vai ser uma floresta, e no outro a gente tem um cenário mais medieval, então assim, são coisas que são completamente discrepantes, mas dentro do enredo da história tudo vai se conectar. Parecendo um pouco Jogos Mortais.”

Entrevista com Thiago Matheus, o desenvolvedor do jogo A.I.L.A.
Imagem: Pulsatrix Studios

O A.I.L.A., ele está programado para sair no computador esse ano ainda, mas até agora não tem nenhuma novidade se vem para algum console. Vocês têm alguma informação sobre isso?

“Essa informação não foi decidida ainda, a gente ainda tá em conversas com a nossa publisher e a não podemos divulgar nada sobre. E a gente não pode falar muito.”

E o A.I.L.A., ele demorou muito tempo para ser desenvolvido ou vocês já tinham todo o projeto pronto e só faltava programar mesmo?

“A gente começou o A.I.L.A. assim que a gente terminou o Fobia, tivemos um período de adaptação, vendas do Fobia, etc. Depois a gente já começou a produção direta do A.I.L.A.. Hoje a estamos com, acho que, dois anos e meio, talvez produzindo já o jogo.”

E a utilização do Unreal Engine 5 foi para melhorar a performance do jogo? Ou foi planejado para fazer no Unreal Engine 4?

“Toda a parte gráfica, na verdade, que a gente já utilizava era a Unreal Engine 4 no Fobia. Então foi meio que natural o curso para a gente seguir para Unreal Engine 5. Já começou no 5, porque já tinha sido lançado. O Fobia lançou e pouco tempo depois já tinha sido lançado o Unreal 5. Então já começou com a produção no Unreal 5.”

Entrevista com Thiago Matheus, o desenvolvedor do jogo A.I.L.A.
Imagem: Pulsatrix Studios

E sobre o A.I.L.A., vocês pretendem dar uma continuação para ele ou ele faz parte do universo de Fobia?

“É, isso é o tipo de informação que a gente não consegue falar muito sobre. A gente não pode falar muito sobre ainda.”

E sobre o Fobia, a ideia de fazer ele surgiu como?

“Na verdade, o Fobia nasceu como um projeto de portfólio. Nasceu, na verdade, porque todos os sócios, principalmente, a gente trabalhava em outras empresas de fora fazendo já, às vezes alguns jogos, algumas experiências em VR, já trabalhávamos nessa área. Só que queríamos fazer um produto que era para colocar no nosso portfólio, era apenas para mostrar para a gente conseguir mais trabalhos com o portfólio. Mas, o projeto começou a andar e crescer tanto que ficou independente e virou o próprio jogo. Então, na verdade, foi meio que um curso natural, a gente não decidiu, de fazer um jogo de terror. Não, foi meio que um curso natural, foi desenvolvendo até se criar Fobia.”

Tem algum recado final para o pessoal sobre o jogo?

“O recado que eu dou é, a gente está bem empolgado, estamos desenvolvendo já tem um bom tempo, espero que todo mundo goste do resultado que vamos trazer. Estamos trabalhando muito duro para isso e ficamos felizes aí, todo mundo curtir, compartilhar as coisas, as nossas redes sociais aí da Pulsatrix. E é isso. A gente fica feliz.”

O jogo A.I.L.A. está programado para chegar no 2º semestre de 2025. E estamos ansiosos pelo seu lançamento.