Oppenheimer, de direção de Christopher Nolan, foi o grande vencedor do Oscar 2024 com sete estatuetas no total. Na cerimônia que aconteceu ontem, em Los Angeles, a produção recebeu as estatuetas de Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Direção. Além disso, também ganhou as de Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Montagem, Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora.
No entanto, a produção do longa sobre a vida do criador da bomba atômica só se fez possível graças ao livro biográfico de Kai Bird e Martin Sherwin. O livro agora tem o nome de Oppenheimer (O livro que deu origem ao filme de Christopher Nolan): O triunfo e a tragédia do Prometeu americano. Assim, a publicação recebeu um Prêmio Pulitzer e, no Brasil, chegou ao mercado pela Editora Intrínseca.
Sobre o livro Oppenheimer: O triunfo e a trave dia do Prometeu americano
A obra de Bird e Sherwin é a primeira biografia do cientista, conhecido como o Pai da Bomba Atômica, trazido às telonas por Cillian Murphy. Assim, foi composta a partir de uma extensa pesquisa com “milhares de registros e cartas encontrados em arquivos nos Estados Unidos e no exterior”. Além disso, foram feitas buscas em “extensos relatórios do FBI e em cerca de uma centena de entrevistas com amigos, parentes e colegas de Oppie”.
Dessa maneira, a apuração permitiu que a obra se tornasse um retrato fiel do homem, de maneira extremamente detalhada e reveladora. Ao longo do decorrer da trama, aspectos desde a infância de Oppenheimer de fazem presentes. Então, os autores discorrem até os momentos em que estabeleceu na década de 1930 a principal escola norte-americana de física teórica.
Além disso, um aspecto abordado no filme que se baseou no livro é o envolvimento do cientista com justiças sociais e, paralelo a isso, com o Partido Comunista. Para além disso, a obra discorre em detalhes sobre o momento da história da criação da bomba atômica: todo o processo da transformação de uma área de Los Alamos, no Novo México, em um laboratório de teste e criação do que lhe deu fama e a responsabilidade pela mudança na história do mundo.
Oppenheimer e a bomba atômica
Assim como citado anteriormente, o livro conta, em detalhes, todos os passos que levaram Julius Robert Oppenheimer à construção da bomba. Nesse sentido, o livro é marcado pela minuciosidade de descrição e preciosidade de detalhes que possam passar despercebidos ou que nem foram citados no filme.
Assim, o cientista realizou a sua criação para ajudar os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, quando recebeu a nomeação para ser diretor do Projeto Manhattan. Então, a arma que acabaria com o conflito mundial esteve em processo de formulação durante 5 anos, nos quais ele e sua equipe acamparam e se dedicaram à bomba atômica.
No entanto, depois da explosão da bomba em Hiroshima – o que fez com que o Japão declarasse o fim da guerra – Oppenheimer se viu em um dilema ético não apoiando mais o uso das bombas, principalmente as de hidrogênio. Assim, a obra é um retrato novo e intenso do cientista, de maneira a desenvolver sobre um homem ambicioso e notável presente em três pontos chaves da história mundial. Isso porque, direta e indiretamente, se envolveu com a Depressão, a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria.
De acordo com a sinopse de Oppenheimer, tal comportamento não permitia mais que ele fosse digno de confiança. “Na hoje quase esquecida histeria do início dos anos 1950, as ideias dele contrariaram poderosos defensores de um avanço nuclear maciço”, conta. Como consequência disso, o cientista se tornou indigno de lidar com os segredos do governo estadunidense.
Por fim, o livro está disponível para compra pela Amazon, nos formatos físico e digital.