A minissérie sucesso da Netflix, baseado na história real de uma traficante dos anos 70 e 80, Griselda estreou no dia 25 de janeiro. Griselda teve criação de Erick Newman, que também trabalhou em “Narcos” e co-criação de Doug Miro, Ingrid Encejeda e Carlo Bernard. No elenco temos nomes como Sofia Vergara, Juliana Aidén Matinez, Paulina Dávila, Christian Tappan, Alberto Guerra, Vanessa Ferlito, entre outros.

Sofia Vergara dá vida a Griselda Blanco. Ex prostituta, casada com um chefe do tráfico da Colômbia que foge para Miami com os três filhos. Uber (Jose Valasquez), é o filho que mais preocupa com a mãe e que “é astuto e inteligente” assim como Griselda; Dixon (Orlando Pineda), o filho mais velho e também o mais encrenqueiro e Ozzy (Martín Farjado) o caçula e mais mimado pela mãe. Eles ficam na casa de Carmem, também ex-mulher de traficante e amiga de Griselda e do ex-marido Alberto. Carmem é dona de uma agência de viagens e até dá um emprego para Griselda sustentar seus filhos.

A história de “Griselda”

Quando chega a Miami, Griselda vai ao The Mutiny tentar vender a cocaína que trouxe escondida da Colômbia. Depois de várias reviravoltas, ser roubada e perder o emprego, ela consegue fazer um acordo com Amilcar. Ele é o chefe do maior cartel de Miami, para ser fornecedora da droga.

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Griselda - cena da série da Netflix
Foto: Divulgação/Netflix

“La Madrina”, como foi conhecida não mede esforços para tentar conquistar o espaço que deseja. Com a ajuda de Carmem, ela traz Arturo (Christian Tappan), um contador do tráfico do ex marido de Griselda e administrador dos negócios dela em Miami, e Isabel amiga prostituta de Griselda que leva algumas prostitutas de confiança para ajudarem na operação. Mas isso não agrada nem um pouco a Papo Majia (Maximiliano Hernandez), o principal fornecedor de Amilcar, com quem bola planos para derrubar Griselda a todo custo.

No decorrer do primeiro episódio vemos algumas lembranças de Griselda, mostrando o que realmente ocasionou a saída rápida da Colômbia. Durante uma festa, Griselda tem a ideia de vender sua cocaína para a elite de Miami e suas incessantes tentativas de conquistar a confiança de Germán para que ele lhe forneça a droga que precisa e possa concorrer com Amilcar. Nos primeiros episódios, apresenta também Darío, inicialmente o guarda-casta de Griselda, com quem rapidamente tem um romance e depois se casa. Seu plano é tão brilhante que acaba chamando a atenção da família Ochoa, o maior grupo de traficantes dos EUA.

Por outro lado temos a policial June Hawkins (Juliana Aidén Martinez), uma “analista de inteligência, tradutora e babá”. June é a investigadora que logo percebe quando Griselda chega em Miami. A partir disso, começam a aparecer pistas nas cenas de crime. É ela também que dá a principal pista para que possam capturar e prender Amilcar.

A luta contra o machismo

Na série temos dois opostos que podemos comparar. June e Griselda são mulheres de garra que têm um pensamento em comum “Eu posso ser melhor do que um homem”. Griselda era humilhada pelo ex-marido Alberto que, segundo ele “só teve uma ideia boa na vida”, e em todos os episódios algum homem sempre tenta fazê-la cair, ser humilhada ou acha que a ideia não é boa o bastante pelo simples fato dela ser mulher.

June presencia diversas cenas de colegas tentando fazer brincadeiras, ignorando suas ideias e lhe dando tarefas sem sentido pelo simples fato dela ser a única no departamento que fala espanhol, ou que alegam ser naquilo que ela é boa, ou pior, por ela ser mulher. Cansada das situações que presencia no trabalho e sem tempo para ficar com o filho June pede transferência do departamento, mas não antes de solucionar um caso e prender Amilcar. Ela recebe uma proposta para fazer parte da CENTAC, uma tática que soluciona casos de homicídios e narcóticos e é justamente isso que faz June realizar seus objetivos de carreira e ter mais tempo com o filho.

June e Griselda
June e Griselda.

“La Madrina” foi reconhecida pelo poder, força e inteligência. Isso fica claro na minissérie, que mostra que, mesmo com todos os nãos, perdas, traições e deslizes de pessoas que trabalhavam para ela, Griselda não abaixou a cabeça e seguiu defendendo suas idéias até o fim. Mostrou a todos que, mesmo em tempos que, uma mulher não era nem ouvida, Griselda não se importava em demonstrar a traficantes o que pensava.

Vale a pena assistir Griselda?

A série possui 6 episódios com cerca de uma hora de duração cada. Dessa forma a série acaba agradando aqueles não gostam de ter que ficar esperando um ano ou mais por outra temporada. Da mesma forma, ela é longa o suficiente para chamar a atenção dos espectadores que gostam se séries cheias de reviravoltas. Além disso a série aborda temas como traição entre colegas de trabalho, a luta por um espaço no trabalho, e a luta diária que muitas mulheres e pessoas estrangeiras tinham e ainda têm que enfrentar diariamente.

A resposta é: sim. Vale muito a pena assistir a série. Se você, assim como eu, gosta da emoção de poder torcer para um vilão (ainda que fique torcendo para que algo de bom aconteça e o impeça), planos bem elaborados e, principalmente, ver uma mulher no comando, você vai gostar da minissérie da Netflix.

Todos os episódios de “Griselda” estão disponível na Netflix.

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Redatora em experiência sob supervisão de Thiago Satiro.


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