Review – Percy Jackson e Os Olimpianos – 1ª Temporada

Chegou ao fim a 1ª temporada de Percy Jackson e Os Olimpianos, semideuses! A série, que estreou no final de 2023 no Disney+, teve a estreia do seu último episódio do primeiro ano e deixou os fãs com um gostinho de “quero mais”.

Baseada nos livros da saga do escritor norte-americano Rick Riordan, a série conta a história de Percy Jackson (Walker Scobell), um adolescente que descobre ser filho de um deus grego. Ele vai parar no Acampamento Meio-Sangue e acaba em uma missão para resgatar o Raio Mestre de Zeus que foi roubado, sendo Percy o principal suspeito de possuir o artefato.

O enredo

Os dois primeiros episódios da série servem como uma introdução para o universo. Conhecemos o Acampamento Meio-Sangue e os novos amigos de Percy. Ao longo da temporada, podemos acompanhar o desenvolvimento dos personagens e ver como o filho de Poseidon aprende a lidar com o mundo que estava “escondido” dele.

Enquanto o garoto embarca em uma missão para recuperar o Raio Mestre de Zeus, ele acaba passando por momentos de altos e baixos, cheios de aventuras e encontros inesperados. Para quem não leu os livros (ou até mesmo para quem já leu), a cada episódio existem indícios sobre quem foi o ladrão do raio, prendendo o telespectador na história. Desde o início, vemos que Percy tem sonhos estranhos e, conforme as coisas vão acontecendo, vamos descobrindo que o perigo que o garoto vai enfrentar é bem pior do que imagina.

A série é cheia de detalhes e existe um cuidado para que as informações não fiquem com pontas soltas. No entanto, as vezes o roteiro e a direção pecam por terem cenas corridas. Além disso, alguns cortes secos acabam com o clímax da história. No geral, o roteiro é muito bom, as atuações são excelentes, o figurino e ambientação são ótimos, e a fotografia é bem bonita.

O trio principal

A química entre Percy, Annabeth (Leah Jeffries) e Grover (Aryan Simhadri) é sensacional. Os atores conseguem mostrar as personalidades dos personagens e no decorrer da temporada conseguimos ver o crescimento de cada um deles. Além disso, acompanhamos como o trio vai evoluindo e uma amizade vai nascendo em meio a uma missão. É interessante ver a evolução da relação deles desde os dois primeiros episódios até a cena final do oitavo.

As mudanças em relação ao livro

Mas em relação aos livros, teve muita coisa diferente? Bom, como toda adaptação existem mudanças. A diferença é que como Rick Riordan está trabalhando nos bastidores da série, como roteirista e produtor executivo, as alterações acabam fazendo certo sentido.

Algumas cenas inéditas parecem encaixar perfeitamente na história. Um exemplo são as cenas de quando Percy era criança no sétimo episódio, que mostram como foi difícil para Sally (Virginia Kull) lidar com a responsabilidade de ter um filho semideus e desejar protegê-lo do mundo do pai.

Os apelidos “Cabeça-de-Alga” e “Sabidinha” estão presentes, assim como algumas frases e cenas icônicas que foram retiradas do livro “O Ladrão de Raios“. Uma mudança que surpreendeu foi a questão do tempo para concluir a missão, que na série acaba sendo totalmente diferente do livro. Porém, eles conseguiram conduzir muito bem a história e não alterou em nada o foco principal.

Os deuses gregos

A mitologia grega é um dos temas centrais da série e os deuses tiveram destaque, principalmente Ares (Adam Copeland), Hefesto (Timothy Omundson), Hermes (Lin-Manuel Miranda), Dionísio (Jason Mantzoukas), Hades (Jay Duplass), Poseidon (Toby Stephens) e Zeus (Lance Reddick). Cada um da sua maneira, mesmo que com grandes ou pequenas aparições, conseguiram ganhar a atenção do público.

As escolhas dos atores para os papéis foram sensacionais e todos eles conseguiram demonstrar que os deuses possuem um lado humano (mesmo não sendo os pais exemplares). Tem momentos que você fica até com pena dos seres imortais, enquanto em outros você tem medo.

As cenas do trio principal com Ares no quinto episódio foram ótimas. Mas talvez as cenas de mais impacto com os deuses tenham sido as do último episódio, que envolvem Ares, Zeus e Poseidon.

Infelizmente, este foi o último trabalho de Lance Reddick, que faleceu em 2023. Ele entregou um Zeus perfeito, com poucas cenas e uma atuação muito boa. O ator ganhou uma homenagem no final do último episódio.

Vale a pena assistir Percy Jackson?

A série é para toda a família! Com cenas de ação, drama e uma pitada de comédia, “Percy Jackson e Os Olimpianos” entrega tudo aquilo que os fãs pediram ao longo dos anos. Além disso, faz um bom trabalho explicando para o público que não leu os livros como funciona esse universo criado por Rick Riordan. É claro que tiveram mudanças, mas a essência da história está ali.

Um acerto foi colocar as cenas que estavam por vir nos finas de cada episódio. Isso faz com que o público fique curioso para descobrir o que vai acontecer em seguida. Além disso, o final da temporada deixou uma abertura para termos uma renovação em breve, afinal, ainda temos a “batalha” contra Cronos para desvendar. Lembrando que a série bateu o recorde de audiência entre os serviços de streaming, mesmo após quase um mês depois de sua estreia.

Vale a pena assistir também o documentário sobre os bastidores da série, que saiu juntamente com o último episódio da temporada. É muito interessante descobrir como foi feita a produção, além de saber que grande parte dos cenários foram feitos em um estúdio de última geração.

Por fim, todos os episódios da 1ª temporada de “Percy Jackson e Os Olimpianos” já estão disponíveis no Disney+.