A obra brasileira traz uma mistura alegre de RPG e looter shooter que surpreende e refresca.
Relic Hunters: Legend chegou ao mercado em 14 de agosto de 2025 trazendo não apenas um marco para o cenário indie brasileiro, mas também um RPG looter-shooter com identidade própria e muito carisma. O novo título da Rogue Snail nasceu em meio a turbulências, reformulações e até a perda da publisher, e o resultado? Um RPG looter-shooter que mistura ação envolvente, narrativa leve e estética charmosa, entregando uma experiência verdadeiramente brasileira.
Sobre a história
A narrativa coloca o jogador na pele de Seven, um protagonista misterioso que surge em um novo mundo sem memórias, tendo apenas a marca de um número 7 associado à máquina que o transportou para lá. Resgatado por Ace, um dos Relic Hunters, ele logo se junta a Jimmy, Pinkyy e o próprio Ace em uma jornada que mistura humor, aventura e descobertas. A história, ainda que leve e brincalhona, consegue tratar de temas sérios sem perder o tom descontraído que caracteriza a franquia.
Confira o trailer abaixo:
Sobre os gráficos
Visualmente, o jogo brilha. A direção de arte mantém a identidade colorida e vibrante já conhecida da série, mas com um refinamento que torna cada cenário e personagem memorável. O jogo segue a identidade visual da franquia com excelência. O visual cartunesco, com sprites 2D em ambientes isométricos 3D, é vibrante e estilizado.
A dublagem em português reforça muito esse estilo, já que ela não apenas funciona, como eleva a experiência: piadas com sotaque e um humor tipicamente brasileiro dão personalidade ao elenco e aproximam o jogo de sua comunidade de forma quase única no mercado.
A Gameplay
No campo da jogabilidade, o jogo se destaca pela integração bem-sucedida de mecânicas de RPG em um looter-shooter: há um sistema robusto de upgrade de itens, níveis de raridade bem definidos, vendedores e centros sociais que tornam a progressão instigante. O combate top-down é rápido, viciante e variado, com armas que incentivam experimentação. Apesar disso, por conta da robustez de conteúdo, o excesso de menus pode confundir o player em alguns momentos.
Ainda assim, a experiência deixa claro seu foco: o cooperativo. Jogar sozinho é funcional, mas os companheiros controlados pela IA acabam agindo de maneira independente, revelando que a proposta brilha mesmo em multiplayer com até quatro jogadores, onde cada caçador pode ser controlado por uma pessoa.

Além disso, o jogo impressiona pela fluidez técnica. Ele roda de forma estável e acessível, sem travamentos que atrapalhem a ação. As cutscenes dão vida ao enredo com carisma e ritmo, mantendo o jogador engajado entre uma missão e outra. Tudo é reforçado por personagens que conquistam rápido, unindo carisma, humor e um espírito de equipe que dá o tom certo para a aventura.
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Veredito
Relic Hunters: Legend é uma celebração da criatividade indie brasileira. Ele une uma narrativa acessível, estética charmosa, combate fluido e loot viciante num pacote que honra sua origem independente e aposta na comunidade. Pode não revolucionar o gênero, mas entrega com personalidade o que promete: muita diversão, coop amigável e um universo que vale explorar, tudo isso livre de microtransações, com foco no jogador.
Disponível para PC (Steam) e Xbox.
Redator em Experiência sob supervisão de Thiago Satiro.
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Créditos da capa: Divulgação Rogue Snail
 
						 
							