Estreia nos cinemas “Furiosa: Uma Saga Mad Max”, spin-off de Mad Max, que conta com Anya Taylor-Joy e Chris Hemsworth no elenco. Em um futuro distópico onde vastas extensões de terra se transformaram em desertos áridos e a escassez de recursos se tornou uma realidade diária, a humanidade enfrenta desafios sem precedentes. A luta pela sobrevivência redefine as prioridades, com água e alimentos se tornando bens preciosos e disputados.

Sobre o filme

Nesse cenário sombrio, a esperança se torna um luxo raro, e a resiliência humana é testada ao extremo. Desafiando os sobreviventes a encontrar maneiras criativas e muitas vezes desesperadas de se adaptar a uma nova e severa realidade. É aqui que somos introduzidos à pequena Furiosa, uma garota inteligente e ousada que vive com sua família em Green Place das Muitas Mães, de onde é levada pela horda de motoqueiros liderada pelo Senhor da Guerra Dementus.

Em Mad Max: Estrada da Fúria, Furiosa já é adulta e está decidida a salvar as Noivas do Immortan Joe. Faltava uma explicação para entender a motivação da guerreira. Agora, com um filme que conta sua história, podemos ter a dimensão de tudo que a levou a se tornar quem ela é, e por que estava tão decidida em retornar para seu local de nascimento.

Após ser capturada e dada a Immortan Joe, Furiosa emerge como uma figura determinada e implacável, movida por uma sede inextinguível de vingança contra Dementus. Vale destacar que, até esse ponto, a única Furiosa que conhecemos é a criança e a adolescente. Sua fase adulta, com Anya no papel, acontece quase na metade do filme. Achei muito curiosa essa escolha do diretor, haja vista que sua protagonista é interpretada por uma das atrizes mais importantes do momento, e deixar ela “mofando” na história foi algo que não esperava. Preciso dizer que, para a história, isso foi ótimo, mas para a expectativa do público, não tenho tanta certeza.

Crítica Furiosa
Divulgação Warner Bros

O filme faz jus à história de Mad Max?

Já fazem mais de 40 anos que George Miller lançou no cinema esse clássico da ação distópica, criando um universo incrível que ainda rendeu mais dois filmes da trilogia original. Quando em 2015 ele decide reviver a história, muitos não acreditavam que seria possível fazer algo melhor do que já havia feito. Ledo engano, porque ele simplesmente conseguiu fazer algo muito melhor, um dos melhores filmes de ação já feitos. Agora, com a missão de continuar esse legado, “Furiosa: Uma Saga Mad Max” atualiza a história, mas mantém todos os elementos que amamos: carros e motos de alta potência e mortais, a violência apocalíptica e um senso de esperança que paira sobre os protagonistas.

Miller não decepciona e entrega uma sequência (que, na verdade é um prequel) digna de tudo que já criou. Preciso dizer que não supera seu antecessor, mas cumpre bem o seu papel: contar uma boa história e faz isso com toda a qualidade possível.

Vale a pena assistir no cinema?

Sem sombras de dúvidas, este é um daqueles eventos cinematográficos obrigatórios para quem aprecia um bom cinema, uma boa história e um elenco incrível.