A arte circense é uma das mais antigas do mundo e seus contrastes e elementos estão na imaginação de todos, independentemente da idade. O circo é uma manifestação artística e popular, além de ser uma das formas de arte e entretenimento mais tradicionais do mundo.

No Brasil, se comemora o Dia do Circo no dia 27 de março, como forma de homenagem a essa expressão artística querida por todos. A escolha da data foi em tributo a Abelardo Pinto, o famoso palhaço Piolin. Conquistando grande reconhecimento e o elogio de nomes do modernismo brasileiro, no aniversário de 50 anos da Semana de Arte Moderna, foi feita uma homenagem e a partir dessa data, 27 de março, foi estabelecido o Dia do Circo.

Foto: O Palhaço Piolim.
Foto: O Palhaço Piolim. Autor não identificado. Acervo MIS.

História do Circo

Há diversos registros sobre a arte circense na antiguidade, desde a China, há 6 mil anos onde já estava sendo desenvolvido o malabarismo e a acrobacia, até o teatro grego, que mostra elementos que lembram o circo com representações performativas e a dança. A palavra circo vem do latim circus, que significa  “círculo” ou “anel”, e se referia às arenas de formato circular que abrigava espetáculos e competições.

O primeiro circo que se tem conhecimento é o Circus Maximus, na Roma Antiga. Entretanto, esse circo não era nada parecido com o que conhecemos atualmente. Parecendo mais uma arena de lutas, pois era o local onde os gladiadores se enfrentavam em lutas até a morte. Porém, infelizmente, o circo foi destruído por um grande incêndio.

Para chegar no circo que conhecemos hoje, como um show assistido por um público pagante, foi preciso passar por diversas mudanças e, de fato, foi um processo demorado. Esse estilo de arte circense, como conhecemos atualmente, começou com espetáculos de acrobacias em cavalos, criado por Philip Astley, um oficial da Cavalaria Britânica. 

espetaculos equestres
Foto: Via site Postal

No Brasil, a história circense começou a partir do século XIX com a chegada de famílias europeias ao país. A arte circense brasileira está muito ligada à cultura cigana, que se apresentavam nos locais que que passavam mostrando suas habilidades no ilusionismo e na doma de animais selvagens. Seu auge foi no século XX, porém o circo perdeu público e espaço com a modernização e com a chegada do cinema e da televisão.

Animais no Circo

Quando pensamos em circo lembramos de palhaços, acrobacias, mágica. Porém, devido a filmes de época, relacionamos o circo a animais exóticos e a sua interação com os seres humanos. Entretanto, a utilização de animais em espetáculos circenses é uma prática antiga e polêmica.

Quando éramos mais novos, pensávamos que eles estavam ali por ser o seu lugar, mas ao contrário dos humanos, os animais não escolhem fazer parte dos espetáculos circenses. Mantidos em cativeiro e obrigados a participar das apresentações, por muitas vezes contra sua vontade natural, muitas vezes com algum grau de violência.

elefantes no circo
Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann

Ainda não existe uma lei nacional que proíba essa prática, porém alguns estados possuem regulamentações próprias que inviabilizam a doma de animais por circos. Sentindo o impacto econômico gerado por essa proibição, mesmo tendo estados que ainda permitem, os circos tiraram essas atividades do picadeiro.

A linguagem circense, com sua capacidade de encantar o público, tem muito o que trabalhar sobre a representação da força da natureza e se libertar dessa tradição ultrapassada. Com um toque de criatividade e inovação, a arte circense pode por meio de acrobacias, malabarismos e danças, mostrar a força da natureza sem a utilização de animais no circo. Além disso, podem ser um grande instrumento de conscientização ambiental.

Redatora em experiência sob supervisão de Giovanna Affonso.


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