“Planeta dos Macacos: O Reinado” marca mais um capítulo intrigante na longeva saga que começou em 1968. Inspirado no romance “La Planète Des Singes” de Pierre Boulle, o novo filme promete ser um épico visual e narrativo, explorando temas como instinto, evolução e sociedade humana em uma distopia fascinante.

Lançado em 1968, “O Planeta dos Macacos” conquistou o público e a crítica com sua mensagem poderosa e efeitos visuais inovadores. Dirigido por Franklin J. Schaffner, o longa-metragem deu início a uma franquia que se expandiu por mais de 10 obras, consolidando-se como um dos universos cinematográficos mais aclamados da ficção científica.

Planeta dos Macacos: O Reinado – Uma Nova Era, Novos Desafios

Em “Planeta dos Macacos: O Reinado”, viajamos 300 anos no tempo desde os eventos do último filme, mergulhando em uma nova linha do tempo e conhecendo uma geração de primatas totalmente diferente. A paz conquistada por César e seus companheiros parece distante, já que seus ensinamentos parecem ter se perdido no tempo.

A tranquilidade dos macacos é ameaçada por um líder tirânico, Proximus César, que emerge entre os macacos com uma visão deturpada. Cego pela ambição, ele constrói um império baseado na opressão e na escravidão, utilizando outros grupos de primatas para encontrar tecnologia humana e consolidar seu poder.

É interessante observar que a linha do tempo quase não se conecta à anterior. Apesar do filme fazer uma breve introdução mostrando o funeral de César após os eventos do último filme, depois disso tudo parece diferente. Entendo a necessidade de dar um refresco à ideia, mas talvez a maneira escolhida para fazer isso não tenha sido tão eficaz.

E se o começo do filme pouco se conecta à trilogia anterior, o final então deixa mais distante ainda uma continuação que faça sentido. A nova história não acrescenta nenhum ponto aos acontecimentos anteriores e deixa muito pouca margem para uma sequência com uma história inédita. Isso porque já tivemos dois filmes com batalhas entre humanos e primatas; inclusive, o filme “Planeta dos Macacos: A Guerra” finaliza isso de maneira incrível.

Porém, preciso dizer que gostei da história, gostei do enredo e gostei mais ainda dos personagens. A história de Noa e seus amigos, lutando contra a tirania de Proximus e, ao mesmo tempo, tentando descobrir mais sobre seu passado, ficou ótima. É uma história envolvente, que te prende na tela e principalmente, tem um certo suspense que me agradou muito.

Planeta dos Macacos: O Reinado
Foto: Disney

Um filme belíssimo e com efeitos incríveis

Seguindo a linha de quase todos os seus antecessores, “Planeta dos Macacos: O Reinado” entrega uma obra de arte audiovisual. Não somente pela maquiagem, que é tremenda, mas também pela composição da tela. Cenários apocalípticos impressionantes misturados a uma natureza que renasce das sombras. Ao mesmo tempo que temos tomadas mais fechadas, para valorizar a intimidade dos núcleos familiares dos macacos, temos planos abertos incríveis, mostrando que o mundo lá fora ainda é muito maior. Acredito que a intenção aqui é mostrar justamente isso, que o que estamos vendo é apenas uma parte de um todo (talvez até para deixar espaço para sequências que explorem coisas novas).

Os efeitos sonoros também são impecáveis, unidos a uma trilha sonora envolvente e muito bem executada. Para quem gosta de grandes espetáculos em tela, esse filme foi feito para apreciar como quem aprecia uma boa taça de vinho.

Um Ponto de Virada na Franquia?

A pergunta que fica agora é: como esse filme pode ser aproveitado para uma futura sequência? O final é bem claro em seu propósito, deixar aberta a possibilidade de mais uma tentativa dos humanos de retomar o planeta. Mas será que isso será suficiente? Pergunto isso com a única intenção de provocar em você, leitor, um questionamento sobre essas franquias, que em algum ponto de sua história perdem o sentido.

Prefiro acreditar que, isoladamente, essa nova história é como um spin-off, que traz uma visão do futuro e de como os macacos evoluíram a ponto de criar sua própria sociedade. Inclusive, uma sociedade que compartilha dos mesmos problemas que os humanos sempre tiveram. Como filme, é uma excelente obra, mas como sequência, tenho sérias dúvidas se cumpre o propósito.

Mas eu altamente recomendo que seja visto no cinema, pela magnitude da fotografia e da imponência estética e artística do filme.


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