O voto feminino tem uma voz. Muito mais do que pode ser imaginado, foi construída uma narrativa sobre uma história real de mulheres que lutaram pelos direitos daquilo que foi construído nos dias atuais, apesar de ainda haver muito o que fazer para que a exclusão de mulheres não seja mais uma realidade quando o assunto é a tomada de importantes decisões. 

Primeiramente, para falar sobre o Dia das Mulheres, achei pertinente trazer também um contexto histórico tão relevante, em um ano de eleições. 

O ato de votar é um símbolo de um capítulo da história que foi escrito pelas mulheres. 

Se hoje a possibilidade de se expressar mais abertamente e ocupar espaços é um fato muito presente no cotidiano das mulheres, isso se deve àquelas que lutaram no passado para que fosse reconhecido os reais prazeres e necessidades de cada uma de nós.

Caminhar contra as ideias estabelecidas socialmente às mulheres na época, saindo do papel de cuidadoras das famílias e dos lares e caminhando para mostrar os desejos de assumirem outros papéis também, não foi algo tão bem aceito a princípio. Ainda encaramos uma realidade difícil nesse aspecto, mas a realidade já foi ainda pior. 

E o voto feminino foi uma das pautas levantadas durante esse processo de tomada de decisões das mulheres. Toda a questão social que envolve o que é a representação da mulher nesse processo vem do movimento sufragista.

Reprodução: Mulheres com cartazes sufragistas
Reprodução: Mulheres com cartazes sufragistas

O que foi o movimento sufragista

Esse movimento social ocorreu de uma percepção democrática para que mulheres tivessem o direito do voto, tomando decisões que até então vinham apenas dos homens.

O domínio da política na época excluía as mulheres, sob a afirmação de que não tinham capacidade de atuar no meio político. 

Durante o sufrágio, que ocorreu durante o fim do século XIX e início do século XX, o foco veio de assumir o controle da própria vida. 

Esse contexto abre as possibilidades para falar sobre o que é o movimento feminista e o quanto ele influencia os caminhos no meio social em relação às mulheres. 

Reprodução: Passeada de 68
Reprodução: Passeada de 68

Hoje, falar sobre a liberdade financeira, a liberdade de escolha, a liberdade de expressar a sexualidade e sensualidade são pautas muito presentes, pois isso tem o poder de influenciar diretamente nossas vidas. Mas, apesar disso, ainda existirem barreiras a serem quebradas, pela falta de respeito direcionada às mulheres que se reconhecem como tal. 

Uma leitura recomendada para entender um pouco mais sobre o assunto é o livro Uma Breve História do Feminismo. Além disso, para quem ama uma série, Anne with an E também retrata a representação da mulher no período do século XIX. 

A série baseia-se nos livros da autora Lucy Maud Montgomery. 

Algumas passagens foram readaptadas para trazer uma outra perspectiva da história na série. Algumas passagens chamam a atenção pelo apoio e acolhimento, especialmente entre as jovens: 

Trechos da série Anne With An E. Retirado do canal “Autoria Feminina”.

No Dia das Mulheres é necessário falar sobre o que ainda enfrentamos

Tudo isso para trazer para o dia das mulheres de hoje um pequeno fragmento do que é a nossa luta. Das que vieram muito antes. Das que foram chamadas de bruxas e foram queimadas por parecerem espertas ou ousadas demais. Aquelas que tiveram papéis estabelecidos pela sociedade, sendo tratadas como mentes limitadas, com vontades negadas. Das que bateram de frente com as autoridades, que foram mortas e violadas. Todas. 

Quanto mais conhecermos a história, mais entenderemos sobre a dívida histórica e o atraso que mentes limitadas trouxeram ao nosso desenvolvimento. A luta ainda existe e é preciso ser feito ainda mais, pois apesar de tudo, existem mulheres em culturas que a realidade as impede de serem além do que aquilo que é estabelecido em suas vivências, como um destino pré-estabelecido. Mulheres já nascem com um manual de instruções de como se comportar, os sonhos que devem ter e como agradar aos outros, sem colocar os próprios sentimentos em consideração. 

Merecemos um Feliz Dia das Mulheres. Porém, acima de tudo, merecemos ainda mais reconhecimento e respeito pelo que somos, fazemos e mais lugares para ocuparmos, isso se for algo do nosso desejo. 

Quanto mais lermos, escrevermos, falarmos e levarmos nossas histórias, mais saberão que estamos aqui, e, para além disso, estender a mão àquelas que precisam. 

Para saber ainda mais sobre, para finalizar, trago mais duas recomedações de filmes: 

Estrelas Além do Tempo

No auge da corrida espacial travada entre Estados Unidos e Rússia durante a Guerra Fria, uma equipe de cientistas da NASA, formada exclusivamente por mulheres afro-americanas, provou ser o elemento crucial que faltava na equação para a vitória dos Estados Unidos, liderando uma das maiores operações tecnológicas registradas na história americana e se tornando verdadeiras heroínas da nação.

As Sufragistas

A história das mulheres que enfrentaram seus limites na luta por igualdade e pelo direito de voto. Elas resistiam à opressão de forma passiva, mas, a partir do momento em que começaram a sofrer uma crescente agressão da polícia, decidiram se rebelar publicamente.


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