A última sexta-feira (22) foi bastante especial para Tyla, vencedora do gramofone de Melhor Performance de Música Africana no GRAMMY deste ano. E tudo isso porque, nessa data, a artista agitou as redes sociais com o lançamento de seu primeiro e aguardado álbum de estúdio.
O projeto de estreia da cantora é um disco homônimo cheio de personalidade, autoconfiança e mistura de sons que levantam uma atmosfera dançante, mas ao mesmo tempo super serena, em qualquer ambiente.
Com feats de peso e resgate das batidas africanas que vêm conquistando o globo nos últimos anos, Tyla prova que seu sucesso vai muito além de “Water” – hit bastante impulsionado pelas redes sociais, que chegou a viralizar com trends no TikTok.
Mesmo jovem, aos 22 anos, ela já dá sinais de que tem tudo o que é preciso para ser uma estrela global, assim como as divas pop que viajam o mundo e movem multidões em seus shows.
Ouça abaixo “TYLA” e, em seguida, confira os principais destaques do primeiro álbum da cantora!
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Embaixadora do amapiano
Se você já ouviu as 14 faixas do álbum, com certeza se deparou com a sensação de que algumas das canções têm batidas estritamente parecidas. E é isso mesmo: uma das características do amapiano, gênero da África do Sul que conduz “TYLA”, é ter seu ritmo dominado pelos sons de bateria que ouvimos ao longo de todo o projeto.
A cadência das músicas é mais lenta e profunda, misturando elementos do jazz, kwaito e lounge music. O gênero se aproxima de uma versão desacelerada da house music e, nas batidas e vocais impecáveis de Tyla, ganham uma camada pop e R&B que enriquecem ainda mais o disco de estreia da cantora.
“Safer”, “No.1”, “On and On” e “On My Body” são exemplos disso, já que logo nos segundos iniciais é possível perceber uma semelhança na sonoridade. Porém, o desenvolvimento das faixas é uma grata surpresa para quem não é familiarizado com o amapiano.
Da África do Sul para o mundo
No álbum, parece nítida a intenção de Tyla em tornar o gênero sul-africano mainstream. Com participações de Kelvin Momo, Tems, Gunna, Skillibeng, Becky G e Travis Scott, o que acompanhamos são faixas que exploram as raízes da cantora e, ao mesmo tempo, experimentam novos sons para ampliar o já rico leque dos afrobeats.
Os principais destaques da obra são a mistura de ritmos e confiança de Tyla, especialmente quando pensamos que o movimento que ela está fazendo em sua carreira pode servir de inspiração para outros jovens negros e artistas africanos que encontram na música uma forma de fortalecer a própria identidade.
Ao lado de Ayra Starr, Rema, Burna Boy, WizKid, Angélique Kidjo e tantos outros nomes, a pop star sul-africana esbanja atitude com letras tanto pessoais – como a introspectiva e flutuante “Butterflies” – quanto festivas – como a já conhecida “Water”, que recebeu um remix no disco.
Plus, you the type to leave me confused
In a maze trapped in your rule
Many tried to cleanse me of you
But my heart wants more
You give me butterflies
Got me falling in the deep end of your disguise
Sparred with a hundred lies
So I fear this might be my goodbye, aah (yeah, yeah)
Trecho de “Butterflies”, sétima faixa do álbum
Hits instantâneos
Musicalmente falando, dentre as canções que são inéditas para o público, a sequência “Jump”, “ART” e “On My Body” demonstra grande potencial de viralização por explorar a versatilidade vocal de Tyla e apostar em ritmos envolventes.
“ART”, inclusive, recebeu um videoclipe oficial no mesmo dia em que “TYLA” estreou nas plataformas digitais. A música já estava sendo trabalhada pela cantora em suas redes sociais, mas ficou ainda mais cativante com a estética adotada na produção e sua relação direta com a letra do novo single.
Dentro do álbum, são faixas como essa que reitera o que já é sabido desde que a artista foi reconhecida no GRAMMY 2024: ela chegou para ficar e está longe de ser uma cantora de um sucesso só.
Primeira impressão
O álbum homônimo é, sem dúvidas, um excelente começo para a promissora carreira de Tyla. Na crítica especializada, a cantora vem sendo bastante elogiada pela qualidade do trabalho apresentado em tão pouco tempo de carreira – e isso está refletido nos números da artista no Spotify, que já soma mais de 600 milhões de reproduções.
Se você curte o equilíbrio entre agitação e calmaria, “TYLA” é uma ótima porta de entrada para conhecer mais da cultura musical africana e ficar por dentro dos sons que vêm conquistando fãs e ganhando cada vez mais espaço nas paradas mundiais.
