Cecília Madonna Young, aos 23 anos, está saindo de sua era “teenage dream” e mergulhando em uma fase de introspecção que ressoa com muitos de nós. Em uma entrevista reveladora, ela nos conta sobre sua jornada na escrita de seu livro de estreia e as motivações por trás de sua narrativa franca.
Em seu livro, Cecília nos leva a uma jornada divertida, ácida e sarcástica pelo mundo da geração Z e por seu próprio universo particular.Com uma estética marcante seu livro, transmite sua identidade repleto de artes, retratos e colagens, que cria uma sensação de proximidade com a autora e suas experiências.
Inspirações
Cecília compartilha suas inspirações literárias, destacando duas figuras notáveis: Eve Babitz e Sylvia Plath. Sobre Babitz, ela admira profundamente a autenticidade e a franqueza com que a escritora aborda a vida e suas complexidades, uma característica que Cecília procura incorporar em sua própria escrita.
Já em relação a Sylvia Plath, ela reconhece uma conexão profunda com a autora, especialmente em sua capacidade de explorar fases dolorosas da vida e transformá-las em arte. Assim como Plath, Cecília utiliza sua escrita como uma forma de expressar suas próprias lutas e experiências, oferecendo uma voz autêntica e reconfortante para os jovens leitores da geração Z.
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Por trás da sua escrita
Ao falar sobre assuntos sensíveis, como depressão, ansiedade e anorexia, Cecília compartilha: “me senti falando comigo mesma, foi como se fosse um diário, só comecei a escrever e tudo fluiu perfeito”. Essa abordagem sincera e pessoal é evidente em cada página de sua obra.
Sendo assim, é interessante notar como Cecília navega fluidamente entre temas densos e momentos de humor ácido do cotidiano. Para ela, essa é sua personalidade: “Falam que eu mudo muito de humor, então foi de forma organizada e natural”.
No entanto, o cerne de sua obra vai muito além. Cecília expressa o desejo de que os leitores encontrem em seu livro uma amiga, alguém com quem possam se identificar e sentir que não estão sozinhos em suas lutas e experiências. É como se ela estendesse um caloroso abraço a todos que leiam suas páginas, oferecendo conforto e conexão em um mundo muitas vezes solitário e confuso. “Quero que eles tenham uma amiga, que não se sintam sozinhos. Há tantas músicas e filmes que eu vejo e penso ‘que bom que não sou só eu’. Quero que sejam acolhidos”, conta.
Portanto, ao terminar a entrevista, ficou claro que Cecília Young não é apenas uma autora talentosa. Ela também uma voz autêntica e importante para sua geração. Seu livro não apenas nos faz refletir sobre a vida, mas também nos lembra da importância de compartilhar nossas experiências e encontrar conforto na companhia uns dos outros. E, como Cecília nos lembra, mesmo nas partes mais estranhas e desafiadoras da vida, nunca estamos sozinhos.
Redatora em experiência sob supervisão de Giovanna de Souza