Os filmes de terror ultimamente tem decepcionado bastante, e é nesse cenário que um Terror Italiano chega e surpreende. O Ninho é um Triller de suspense com uma pitada de terror e um final inesperado.

Uma produção de Maurizio Totti e Alessandro Usai com direção de Roberto De Feo, o ninho conta a história de Samuel, um menino paraplégico que mora com sua mãe Elena em uma mansão isolada, cercada por bosques. Proibido de sair da mansão, Samuel fica insatisfeito e inquieto. Quando ele conhece Denise, uma empregada adolescente, ele finalmente encontra forças para se opor às restrições de sua mãe e se abrir para o mundo. Mas Elena não o deixará ir tão facilmente, e ela está pronta para fazer o que for preciso para mantê-lo perto dela. Por que ela está forçando Samuel a viver como prisioneiro em sua própria casa? Por que ela age cruelmente com Denise, movida pelo medo de alimentar o desejo de Samuel de ver o mundo lá fora?

Bebendo da fonte da inspiração em A ” A Vila” de Shyamalan, e “Os Outros”, o ninho surpreende ao trazer um filme recheado de dúvidas, diferente, um romance juvenil que precisa superar o medo de viver e o medo de descobrir o que é a vida. O diretor Roberto abusa das nuanças nesse drama aterrorizante, principalmente ao mostrar que Helena não é simplesmente uma mãe que zela pelo filho, ela é muito mais que isso, e o espectador fica tentado a odiar ela minuto após minuto em uma história que guarda seu segredo até o último minuto.

É importante frisar que o roteiro também aborda temas sérios como a tortura, o suícidio, a loucura, mas entrega isso de maneira crua e inserida na história. Outro ponto que choca é o questionamento de até onde uma pessoa pode ir para defender o que acredita ser o correto. O ninho não tem esse nome atoa já que Helena de fato age como uma mãe protegendo seu filhote em seu ninho até que ele possa conseguir viver sozinho, com a diferença de que para ela Samuel nunca poderá ter essa vida.

A escolha do elenco também fez muita diferença, Francisca Cavallin entrega uma atuação digna e bem intensa no papel de Helena, a mão super protetora de Samuel, vivido pelo jovem Justin Alexander Korovkin. Mas quem rouba a cena mesmo é Ginevra Francesconi no papel de Denise, a jovem por quem Samuel se apaixona. As cenas pesadas e perturbadoras as quais Givevra atua mostram o potencial dessa jovem atriz de apenas 18 anos e pouquíssimos papeis em seu currículo.

O Ninho é uma grata surpresa, um filme simples, com uma história que apesar de manter o suspense em alta até o final e exigir que o espectador de fato reflita sobre tudo o que assistiu para entender, surpreende de maneira positiva pela construção de uma história muito maior, além de deixar aberta a possibilidade de criar um universo próprio.


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