Essa semana estreia nos cinemas “Pânico 6”, sexto filme da franquia iniciada em 1996. Sam, Tara, Chad e Mindy, os quatro sobreviventes do massacre realizado pelo Ghostface, decidem deixar Woodsboro para trás em busca de um novo começo em Nova York. Mas não demora muito para eles se tornarem alvo de um novo serial killer.

Com direção de Tyler Gillett e Matt Bettinelli-Olpin, o novo filme consegue reunir em pouco mais de 2 horas elementos de todos os seus antecessores. Ora, usar a nostalgia é um artificio bem interessante quando você precisa conquistar uma parcela do público que desconfia de um trabalho.

Vou tomar a liberdade de escrever algumas partes do meu texto em primeira pessoa mesmo, isso porque além de ser o mais obvio, eu decidi que esse filme seria criticado de uma forma totalmente passional. Existem momentos e obras que você precisa entender e aceitar elas, como elas são. Nem tudo que parece erro é erro, nem tudo que é acerto foi de proposito. E às vezes a intenção é somente ter um bom momento no cinema, e posso garantir que com Pânico 6 você vai ter tudo isso e mais um pouco.

Roteiro consegue ser justo com a história de Pânico

A história do novo longa acontece quase um ano após os ataques de Woodsboro, e continuamos acompanhando as irmãs Tara e Sam (Jenna Ortega e Melissa Barrera). Agora, na faculdade, Tara tenta levar uma vida normal, enquanto sua irmã continua atormentada pelos fantasmas do passado.

O roteiro consegue passear bem por todos os traumas das garotas enquanto a história se desenrola, assim como os traumas de outros personagens. O grande trunfo aqui é dar condições de fazer as devidas homenagens mas não perder o foco em criar uma história própria, com seus próprios monstros.

Utilizar os Ghostfaces anteriores como base para criar seus novos assassinos não é exatamente inovador, mas a maneira como James Vanderbilt, Guy Busick e Kevin Williamson escreveram o roteiro, deu mais emoção e suspense para a trama. Isso porque, cada um dos pânicos anteriores tem uma característica única, e aqui isso é utilizado a favor da história.

Seja uma faca, uma cicatriz, uma lembrança, ou até mesmo um medo especifico. Tudo é utilizado para referenciar os filmes anteriores. E está tudo liberado nesse filme, tudo.

Personagens novos e outros não tão novos assim

Alguns personagens antigos estão de volta. Gale Weathers (Courteney Cox) volta ao papel da jornalista enxerida e inteligente, mas dessa vez seu papel é muito tímido e quase desnecessário. Fato é que era necessário ter alguém da velha guarda aqui, já que Sidney Prescott (Nave Campbell) não retornou para essa sequência. E olha, fez falta. Mesmo que fosse para ter uma ponta, fez falta.

De qualquer forma, o elenco deu conta do trabalho. Todos os personagens inseridos nessa nova trama tem uma atuação muito peculiar e entregam tudo o que se espera de elenco de filme de terror. São idiotas quando precisam, sobrevivem a várias facadas, alguns são inteligentes, outros são bonitos, e a maioria só vai morrer mesmo. E é isso Pânico 6 faz muito bem.

O que não teve de mortes no anterior teve nesse. O diretor não poupou o espectador de cenas explicitas de mortes violentas. E os fãs agradecem, já que isso traz de volta os elementos que fizeram do primeiro filme um sucesso. Mortes bobas e muito sangue na tela.

Produção de primeira qualidade garante efeitos incríveis e trilha impecável

A trilha sonora é um personagem a parte. Não somente a trilha, mas os efeitos de sons são impecáveis. Em alguns momentos os sons agem como parte viva da cena.

O suspense gerado pela trilha sonora introspectiva garante que o espectador se conecte ao que está acontecendo ali, e em alguns momentos o filme se torna a quarta parede quebrada. É quase como se as cenas falassem pra nós, espectadores o que devemos esperar. E não existe aqui um exagero em “enganar o cliente”. Não! O que é, é! Se um personagem tem toda a pinta de que vai morrer, ele vai. Sem jumpscare desnecessário, sem desvio de atenção. A tensão aqui é elevada a tal ponto que todos podem ser esfaqueados a qualquer momento, por qualquer um. E de fato são.

Essas características garantem a Pânico 6 o título de melhor filme desde o primeiro, superando todas as sequências, criando uma personalidade própria e deixando espaço para mais filmes no futuro. Tanto é que Pânico 7 já foi confirmado.


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