Para o dia dos pais, nada melhor do que trazer uma leitura nacional. ‘Fala Sério, Pai!’, da Thalita Rebouças, pareceu encaixar perfeitamente neste contexto. Sempre fui fã de ler e o grande culpado disso foi meu pai, que inventava histórias, comprava qualquer história que achasse interessante e me acompanhou a vida toda. E, ao reler esse livro que tanto gostei na pré-adolescência, percebi que existem algumas histórias que nunca perdem a graça.

Lançado no longínquo ano de 2009, conta a história da relação de Maria de Lourdes, ou Malu, e seu pai, Armando, fã de futebol, jornalista esportivo e peladeiro convicto. A graça do livro vem das duas vozes narrativas que compõe a sua construção: A princípio, ‘Fala Sério, Pai!‘ tem Armando contando os primeiros anos e as experiências de ser pai. Entretanto, como todos os livros desta série, quando chega na pré-adolescência, Malu toma conta da narrativa e explica a sua versão dos acontecimentos. Contudo, mesmo sendo legal acompanhar ela, confesso que senti falta do humor específico do Armando e queria muito ver sua visão de alguns acontecimentos.

Fala sério, pai!
Fala Sério, Pai! Thalita Rebouças/ imagem: divulgação

Primeiro banho, primeiro beijo e noitadas são alguns dos acontecimentos que podemos observar na história. A linguagem informal e muitas vezes coloquial – por ser um livro infantil – torna a leitura agradável e fácil de ler. Além disso, ao trazer temas quase adultos para uma história infanto-juvenil, Thalita permite que o livro seja lido por todas as idades e aproveitado da mesma forma.

Por fim, ‘Fala Sério, Pai!’ foi uma surpresa. Retornar a uma história que eu amava tanto quanto mais nova (e que li com o meu pai) fez com que eu voltasse no tempo. Ao passar por todas as fases descritas por Malu, encontrei mais simpatia por tudo que o meu pai fez ao longo dos anos. E a impressão que fica é que, realmente, pai é tudo igual, só muda de endereço. Feliz dia dos pais!


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