Benson Boone é o nome que atualmente ocupa o topo das paradas e das redes sociais com o hit viral “Beautiful Things“. O single faz parte do álbum Fireworks & Rollerblades, que conta com 15 faixas inéditas e chegou às plataformas digitais nesta sexta-feira (05). A música conquistou pessoas no mundo todo, e trouxe para o cantor visibilidade e reconhecimento.

Com uma carreira recente, o jovem músico e multiinstrumentista de 21 anos, já particiou do programa “American Idol“, em 2021, se apresentando com sua canção autoral “Ghost Town” – e adianto que uma das melhores do álbum.

Benson Boone participando do Americal Idol em 2021
Foto: divulgação

Intensidade no amor

A primeira faixa do álbum é intitulada “Intro“, com uma melodia leve e com a voz suave de Benson, que se questiona sobre um mundo onde ele e a pessoa que ama pudessem apenas existir juntos, sem medo e sem esperar por sinais. “And do you believe there is a life, where it’s just you and me and I?” (E você acredita que há uma vida, onde estamos somente você e eu, e eu?).

A nossa jornada dentro do mundo romântico e vibrante que o cantor norte-americano nos leva começa aqui. Uma pessoa que procura por algo sincero, que faça sentido e que seja simples. Afinal, o amor deve ser simples, não deve?

Com isso em mente, a segunda faixa, “Be Someone“, leva uma das frases do início, com a promessa de que ele pode ser a pessoa que sua amada parece tanto precisar. Em um lugar somente e exclusivamente deles – “onde estamos somente você e eu, e eu“.

Continuando com “Slow It Down“, o cantor retrata uma relação que pode estar indo rápido demais, mas em que ambos compartilham o intenso querer de estar junto. Sabe aquele sentimento um pouco assustador de quando você realmente ama alguém pela primeira vez? Benson soube colocar isso perfeitamente em uma música – desde o frio na barriga, até o medo de entender o que isso pode significar.

Uma das coisas que surpreende positivamente no álbum do norte-americano, é o quanto o instrumental nos leva para lugares conhecidos, mas com uma perspectiva diferente. A voz perfeitamente grave se encaixa com os acordes mais pesados, mas que entram em perfeita harmonia.

O amor, o desejo e a intensidade são tratados de forma sutil e com grande personalidade. Sendo assim, não como algo conturbado, mas sim calmo e honesto.

Idealização x realidade

Em seguida temos o hit “Beautiful Things” e a íconica “Cry“, ambas viralizadas antes do lançamento oficial por conta das redes sociais. Enquanto a primeira tocou no mundo todo, a segunda foi divulgada em pequenos trechos até o dia do lançamento.

Então, “Forever and a Day” e “In The Stars” entregam melodias mais calmas, com vocais potentes e a delicadeza que o piano entrega. O balanço entre letras que mesclam a realidade de ser machucado, em contrapartida com a idealização de que o ato de amar é composto de perfeições inexistentes.

Drunk in My Mind” entra como uma das minhas favoritas, não só pela harmonização instrumental e vocal, mas pela genialidade por trás da letra. “After I tasted your wine you had me drunk in my mind, but I shoulda told you, I’m gettin’ sober” (Depois de provar o seu vinho, você deixou a minha mente bêbada, mas eu deveria ter te avisado: estou ficando sóbrio).

O ritmo tanto quanto sedutor, juntamente com a refêrencia ao vinho, nos leva a um cenário no qual se entende que Benson está acordando de um transe, se dando conta da realidade na qual estava. Novamente, trazendo o amor e a dor como um só ato – ainda que sejam sentimentos distintos.

“O meu maior medo é perder você”

No trecho da música que segue, “My Greatest Fear“, há uma lista dos piores medos do cantor – que não se comparam ao seu medo de perder a pessoa que ama. “Of all the things that I’ve been afraid to lose, my greatest fear of all is losing you” – (de todas as coisas que tenho medo de perder, o meu maior medo é perder você).

Então, Benson Boone traz “There She Goes” e “Hello Love“, ou como eu gostaria de traduzir: saudades tão fortes que rasgam o peito, e te fazem desejar voltar para aquele último (talvez único), momento antes de partir.

Porém, “Ghost Town” é, sem dúvida, a minha favorita! Considerando o vocal perfeitamente equilibrado com cada batida instrumental, é possível sentir a dor e a súplica de entender que, talvez, o amor que você tem pode não ser o melhor para você.

Before I turn your heart into a ghost town, show me everything we built so I can tear it all down” – (antes que eu torne o seu coração uma cidade fantasma, me mostre tudo o que construímos para que eu possa destruir).

Você não quer ir, mas é necessário. Você ama, mas ás vezes amar é saber o momento de ir embora – pelo seu bem, ou pelo bem da pessoa que ama.

O majestoso final

“No heartbeat, only this pain I’m in. I hurt you, but darling, you hurt me too” – (sem batimentos cardíacos, apenas a dor que há em mim. Eu te machuquei, mas querida, você me machucou também). São frases que compõe a música “Love Of Mine“, transitanto entre a melancolia, a saudade e o desejo de ter feito diferente.

Encerrando o álbum, as músicas “Friend” e “What Do You Want” levam a conclusão de que não temos o controle de nada. Muitas vezes precisamos de um amigo, ou damos o nosso melhor mas não é o suficiente.

No entanto, o que sobraria da vida se já soubessemos de tudo? Pois fazendo jus ao nome do álbum “Fireworks & Rollerblades” – (Fogos de Artíficio e Patins), e a imagem que compõe a capa, muito do que vivemos se baseia no melhor que fazemos com o que temos. Sem controle e sem segredo.

Ouça o álbum completo:

Benson Boone veio para ficar

Como um todo, Benson Boone soube dividir, de forma intensa e singular, os sentimentos que muitas vezes nos sufocam e nos confundem. Sem deixar de mencionar a sua fé, em músicas como “Beautiful Things” e “Slow it Down“, deixa claro que sim, esse é o momento dos românticos e dos que estão com o coração partido. Aliás, esse é o momento de todo mundo que ousa sentir e viver intensamente.

*Redatora em experiência sob supervisão de Lara Aguiar


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