Então, já ouviu falar naqueles games que você sente um certo receio só de ver a complexidade do mesmo, e pensa duas vezes em jogar? Pois foi exatamente o que pensei quando vi Norland. Isso mesmo, – o que pensei, pois após iniciar sua game play, mudei de ideia, pois como vou falar mais adiante, tudo muda quando você começa a interagir com toda a interface gráfica e narrativa do jogo. A produção do jogo é da Long Jaunt e a distribuição é Hooded Horse.

Para realizar esse review, nós recebemos uma versão digital para o PC na Steam.

Um jogo grande e bem elaborado

Foi assim que eu defini esse jogo após 15h de game play. Ele é muito divertido, e percebi uma forte influencia de  Rimworld.

Norland dá aos jogadores as chaves de um pequeno reino medieval engraçado.  O game pinta um quadro pacífico no início, mas rapidamente se transforma em uma história de morte, violência e guerra. As complexidades são o que impulsionam a jogabilidade, com os jogadores encarregados de tomar decisões sem uma resposta clara certa ou errada. O planejamento é vital, mas reagir ao comportamento da sua aldeia talvez seja ainda mais importante. Para mais rejogabilidade, as condições iniciais mudarão ao iniciar um novo jogo.

Reprodução: Long Jaunt/Steam

Iterações em Norland

Aqui já podemos discutir um pouco mais. É agradável quando tenho que lidar com minha família e outros reis, mas com muitos visitantes e o Bispo, torna-se um microgerenciamento complicado de acompanhar.

No final do jogo, torna-se ainda mais massivo quando sua família de repente começa a trair uns aos outros e tudo desmorona a partir daí. Acho que precisa ser um pouco atenuado essa parte do game. Por exemplo, há maior probabilidade de a traição familiar ocorrer com camponeses em vez de com damas nobres, ao mesmo tempo que é amenizada com os nobres.

Entendo que o conceito inicial de trapaça constante parece divertido, especialmente para uma demonstração, mas torna-se complicado administrá-lo quando toda a sua família começa a se odiar. Uma sugestão seria permitir que o jogador aceite visitas e caso não o faça, sofra uma penalidade menor de relação ao invés de apenas exílio.

Também sugiro disponibilizar o templo sem pesquisa ou diminuir a penalidade de pecados, pois ela entra em ação muito cedo com os Sims e pode deixá-los irritados o tempo todo e sem vontade de pesquisar e o jogador fica preso no início do jogo, especialmente desde a alteração. os bônus são muito pequenos.

Reprodução: Long Jaunt/Steam

Mecânicas da Igreja em Norland

Eu realmente acho que a mecânica da igreja é sólida e mantém o jogador sob controle. A Inquisição queimou parte da minha aldeia e eu não me importei. Mas, ao mesmo tempo, faz muito mais do que isso e torna-se muito invasivo quando o Bispo chega. Quase em todas as minhas jogadas, o Bispo é a encarnação da luxúria e tem como alvo os membros da sua família que se apaixonam por ele muito rapidamente, sem motivos óbvios. Isso se torna obsoleto em jogadas repetidas.

Reprodução: Long Jaunt/Steam

Mapa Geral de Movimentação do Exército

Compreendo o princípio por trás da restrição de movimentos de um exército no contexto do jogo, visando simular a rigidez hierárquica e a comunicação lenta de uma campanha militar histórica. No entanto, acredito que adicionar um elemento de flexibilidade poderia enriquecer a experiência de jogo. Se o Rei, por exemplo, estiver no comando direto das forças armadas, faz sentido que ele tenha a autoridade para ajustar a estratégia em tempo real. Isso permitiria ao jogador, na posição do Rei, reagir a ameaças emergentes ou aproveitar oportunidades táticas, alterando o alvo designado no mapa estratégico. Esta opção traria uma camada adicional de dinamismo e realismo, refletindo a vantagem estratégica de liderar em campo.

Por outro lado, quando o exército está sob o comando de um senhor, não diretamente sob a vigilância real, o mecanismo de enviar um mensageiro introduz uma interessante dimensão estratégica e logística ao jogo. Ao custo de um recurso limitado, simbolizado pelo “papel”, o jogador pode enviar instruções para mudar o objetivo militar do senhor. Essa mecânica não só incorpora um elemento de planejamento e gerenciamento de recursos, como também simula a dificuldade de comunicação em tempos antigos. Tal abordagem incentiva os jogadores a ponderar cuidadosamente suas decisões, equilibrando a urgência de mudar planos contra o custo de enviar a mensagem, adicionando uma camada profunda de tática e estratégia ao jogo.

Reprodução: Long Jaunt/Steam

Vale a pena jogar Norland?

Norland é definitivamente um jogo para aqueles players mais exigentes e que possuem uma certa paciência em jogar jogos complexos e que não têm problemas em realizar certas leituras e interagir com diversas telas para atingir um ou mais objetivos. Certamente com dedicação ao game e alguns minutos consumindo seu tutorial, certamente você terá uma incrível jogatina e uma imersão em uma narrativa envolvente.


Descubra mais sobre Portal GeekPop News

Assine para receber os posts mais recentes por e-mail.