O grupo feminino de kpop (G) I-DLE voltou com um comeback que deu o que falar desde o lançamento do pré-single “Allergy”.

O álbum ‘I FEEL’ conta com uma estética totalmente diferente das esperadas pela quarta geração de K-pop. Além de fazer críticas aos padrões estéticos muito presentes na indústria da música pop coreana, opina também sobre as redes sociais e aprovação social que os jovens buscam através delas. 

Imagem: Cube entertainment/ Instagram

Primeiramente, foi lançado o pré-single “Allergy” no dia 09 de maio pelo Youtube. O MV conta a história das cinco garotas que querem estar de acordo com os padrões exigidos para serem aceitas pela sociedade, principalmente referente às redes sociais, com o protagonismo de Soyeon, integrante do grupo. 

Além disso, o videoclipe mostra como estar fora dos padrões impostos abala a autoestima, a confiança, e faz com que as pessoas busquem procedimentos estéticos, como cirurgias plásticas, para se adequarem aos padrões e se sentirem bem com elas mesmas. 

Confira o MV de Allergy: 

A crítica em Allergy:

O MV é completamente harmônico com a letra da canção. Já no primeiro verso da música conseguimos encontrar um descontentamento com as redes sociais e com a aparência “O meu feed não tem fotos do meu rosto/ Os meus seguidores só diminuem/ eu odeio o instagram/ odeio o tiktok”

Atualmente é muito difícil encontrar jovens que não saibam usar as redes sociais, os recursos usados, as hashtags e todos os outros tipos de ferramentas encontradas online, e isso faz com que a geração atual cresça no mundo da tecnologia.

Esse fato também é algo comentando na música: “Os jovens de hoje parecem muito mais maduros do que eu/ #Hashtags Millennials/Geração Z/ o que é Y2K?/ Eu percebi que o mundo continua girando com ou sem mim” 

E então, no refrão encontramos uma das principais críticas da música: a validação social através da aparência pelas redes sociais. Levantando questões de comparação como:  Por que eu não sou como ela? Por que não sou tão bonita e adorável? Como se só fosse possível ser amada através da validação no padrão social mais uma vez exigido pelas redes sociais e pela sociedade em geral. Veja: “Por que eu não sou bonita?/ Por que eu não sou fofa? /Por que eu não sou sexy? /Por que eu tenho que ser eu? /Eu quero que alguém me ame/ Ela é tão linda / ela é tão fofa/ ela tem tudo /por que eu não sou igual ela? /Eu quero que alguém me ame / mas eu tenho alergia do meu próprio reflexo no espelho.”

Seguindo essa linha, o grupo que faz parte da quarta geração do K-pop, onde as redes sociais, principalmente Tik Tok e instagram são os focos de divulgação desses grupos, é bem interessante o ato de mesmo usando essas redes criticá-las também sobre o uso excessivo, a importância e quais as consequências delas na vidas dos jovens, principalmente em relação ao padrão de beleza. 

(G) I - DLE lança novo comeback I FEEL
Imagem: Cube entertainment

Você quer ser uma Queencard?

Já na faixa título do álbum “Queencard” lançada no Youtube em 15 de maio, junto com o álbum “I Feel” no spotify, temos o desfecho da história que começa em Allergy.  No final deste, vemos Soyeon entrando em uma sala de cirurgia para se adequar aos padrões que ela tanto buscou ao longo de todo o vídeo.

O Mv de Queencard, no entanto, começa com ela ainda no hospital após receber anestesia para a cirurgia. Todo o clipe gira em torno da fantasia dela em ser uma Queencard, fantasia causada pelo efeito anestésico. E ainda mais, onde mostra uma troca constante de papéis entre ela e as outras integrantes.

O que é ser uma Queencard?

Fazendo uma analogia a carta da rainha, significa ser a popular, a mais bonita, aquela que todos querem por perto, ou seja, uma diva. 

Na letra da música encontramos o completo oposto de Allergy, elas exibem confiança, segurança e um sentimento de auto satisfação com sua própria imagem. São, por fim, a Queencard que tanto desejavam ser em Allergy, trazem o sentmento de empoderamento durante toda a música.

E o refrão trabalha isso muito bem: Diva, eu sou gostos / meus seios e bunda são belíssimos / a luz dos holofotes olham para mim/ eu sou uma estrela/ diva / eu sou a melhor/ estou rebolando na passarela/ eu sou uma diva/ você quer ser uma diva? 

Um dos pontos interessantes, que quebra a relação de necessitar estar em um padrão de beleza que a primeira música trás é o final de Queencard, onde elas exibem que para ser uma diva, é necessário mesmo se sentir bem com seu corpo, com si mesma, independente de como você é: “Garota usando qualquer roupa é uma diva /Garota magra ou gorda é uma diva / garota cheia de confiança é uma diva/ eu sou uma diva/ você quer ser uma diva?”

A relação dessas duas músicas é feita, pelos MV’s, como episódios de uma série, o que é muito interessante e atual. A conclusão de Queencard, é Soyeon desistindo da cirurgia e percebendo que ela pode ser ela mesma e que isso é o que realmente importa. 

E, que independente da imagem dela nas redes sociais, a validação que ela recebe também no final do MV, porque na geração atual é impossível fugir disso de uma forma realmente satisfatória.

Ainda assim, a conclusão que passa é que não é algo relevante. Afinal, ela sai do hospital da mesma forma que entrou, só que através de uma reflexão de que pode ser feliz sem uma cirurgia ou sem estar nos padrões impostos. Isso é ser uma Queencard!

Assista o MV de Queencard do (G) I-DLE: 

Conclui-se assim que as relações entre as redes sociais e a visão de validação social que os jovens têm atualmente é algo relevante. E, é muito legal quando um grupo de k-pop traz isso em pauta, afinal é uma indústria cruel em relação aos padrões de beleza. 

O álbum “I Feel” ainda contêm mais quatro músicas além de Allergy e queencard, confira no spotify:

Conheça o (G) I-DLE:

O grupo formado em 2018 pela Cube entertainment. Atualmente o grupo possui cinco integrantes: Sooyeon, Minnie, Yuqi, Miyeon e Shuhua. O debut delas foi com o hit LATATA, e possuem diversas músicas de sucesso como Oh my god, Tomboy e Nxde. Além de acumarem milhões de visualizações no youtube, receberam diversos prêmios como Seoul Music Award: Bonsang Award, Golden Disc Award: Song of the year: Tomboy.

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